Modulo 1- Primeira Aula de 2010

TELECURSO TEC
Modulo I
1 Capitulo - A Administração Contemporânea



Pensando na primeira aula resolvi este ano usar uma Ciranda como dinamica de grupo para que todos se conheçam e criem laços para unir e construir uma equipe.
Melhor caminho e a pesquisa descobri

Quando fala-se em Ciranda, as pessoas já associam a palavra a uma dança de roda e a infância. Realmente, reconhecemos na Ciranda a lembrança de uma brincadeira muito gostosa, um pedaço de alguma coisa lá dentro que é muito nossa e quando ela chega, giramos ao sabor destas lembranças...

Mas a Ciranda não é só divertimento de crianças, é também uma dança de roda de adultos, de origem portuguesa, que apareceu no litoral norte de Pernambuco e que parece ter sido adaptada e recriada pelas mulheres dos pescadores que esperavam o retorno de sue maridos, cantando e dançando. Os passos, envolvidos por canções suaves e melódicas que lembram mantas populares, imitam os movimentos do oceano e parecem ser embalados por suas ondas.

É dançada em círculos, que, geralmente, giram somente para um lado. Se a roda gira para a esquerda, coloca-se o pé esquerdo atrás e à frente. Em seguida, o direito dá um pulino ou avança para o lado, complementando o passo. Mesmo com a dança apresentando passos característicos como a onda, o saci, a espuma, a marola, o ciscadinho e a concha ou vírgula, dentre outros, são infinitas as possibilidades de improvisação. O mestre ou a mestra improvisam algum refrão e são acompanhados pelos demais dançarinos, que o repetem e criam mais movimentos.

Uma das cirandeiras de Pernambuco muito conhecida é a Lia de Itamaracá. Segundo ela, "a ciranda acompanha as ondas do mar, sempre com o pé esquerdo".

A Ciranda surgiu também, simultaneamente, em áreas do interior da Zona da Mata Norte deste Estado.

Há várias interpretações para a origem da palavra ciranda, mas segundo o Padre Jaime Diniz, um dos pioneiros a estudarem o assunto, vem do vocábulo espanhol zaranda, que significa instrumento de peneirar farinha e que seria uma evolução da palavra árabe çarand.

Ciranda é uma dança comunitária que não tem preconceito quanto ao sexo, cor, idade, condição social ou econômica dos participantes, assim como não há limite para o número de pessoas que dela podem participar. Começa com uma roda pequena que vai aumentando, a medida que as pessoas chegam para dançar, abrindo o círculo e segurando nas mãos dos que já estão dançando. Tanto na hora de entrar como na hora de sair, a pessoa pode fazê-lo sem o menor problema. Quando a roda atinge um tamanho que dificulta a movimentação, forma-se outra menor no interior da roda maior. A música é executada por um grupo denominado “terno”, colocado no centro da roda, tocando instrumentos de percussão (bumbo,tarol, caixa, ganzá) e de sopro (pistons e trambone). As canções são tiradas pelo mestre-cirandeiro e respondida pelo coro dos demais, têm temáticas que refletem a experiência da vida: na zona cafeeira canta-se o engenho, o eito, a safra; na zona litorânea, os coqueiros, as praias, as canoas, os pescadores, as sereias, o vento; o amor, porém, é tema constante, sob várias formas: moça, beijo, casamento, abraço, “cheiro”, etc.

Não possui calendário fixo: é dança de um tempo ou dia qualquer. E vista por ocasião de casamentos, batizados e festas em geral.

Por volta da década de 70, muitas Cirandas começaram a se apresentar em locais turísticos do Recife, como por exemplo, no Pátio de São Pedro, na Casa da Cultura, etc. Isto modificou um pouco o caráter do folguedo que passou a ter uma intenção mais de espetáculo. Desta forma, algumas transformações foram inevitáveis: a saída do centro da roda, dos músicos, do mestre e do contra-mestre, para melhor se adaptarem aos microfones e aos aparelhos de som; limite de tempo para se brincar, entre outras coisas.

A dança folclórica Ciranda do Norte, em sua concepção, nota-se uma variação de passos com diversificação rítmica ( ciranda, xote e valsa ), compreendendo em uma só letra a dança Ciranda do Norte, com isso aparecendo as seguintes danças, que a completam como um todo:

Ciranda
Seu Manezinho
Carão
Não se fie em mulher
Despedida da Ciranda, Papete e Coro.

A coreografia é feita de acordo com os versos cantados que narram o lazer, o trabalho na agricultura, caça, pesca e outras atividades que se desenvolvem na região. E dançado sempre em círculo. Para o acompanhamento musical, são utilizados instrumentos de pau, de corda e de sopro como: Curimbós, maracás, ganzás, banjos, cacetes e flautas.

A indumentária da Ciranda do Norte caracteriza a moda da época, as classes de baixa renda, onde as mulheres usavam blusa geralmente com babados e mangas soltas, com saias rodadas, estampadas abaixo do joelho e anáguas de renda e os homens usavam camisas estampadas sociais combinando com a saia da dama e calça preta, branca ou azul mescla. Ambos dançam de Chapéu de palha de abas curtas e sapatilhas artesanais ou descalços.

O conjunto obedece a mesma roupa dos homens com estampas diferentes. O caçador se veste com camisa lisa social, calça preta, bota. Chapéu de palha e espingarda.


O carão (em forma de cordão de pássaro, onde à frente eles levam o carão, que está presente na letra da música) apresenta roupa específica ao pássaro, com plumagens e pedras que dão realce a sua vestimenta.

No Rio de Janeiro o termo Ciranda pode significar tanto uma dança específica quanto uma série de danças de salão, que obedecem a um esquema: Abertura, Miudezas e Encerramento. Enquanto dança, faz parte das miudezas da Ciranda, baile.

Ciranda-baile, também denominada Chiba, tem na Chiba-cateretê a que faz abertura da série. As Miudezas são um conjunto de variadas danças com nomes e coreografias diversos: Cana-verde-de-mão, Cana-verde-valsada, Caranguejo, Arara, Flor-do-mar, Canoa, Limão, Chapéu, Choradinha, Mariquita, Marrafa, Ciranda, Namorador, Zombador. Os movimentos constam de círculko único, com ou sem solista, pares soltos, dança de pares enlaçados, sapateados, volteios, etc. O Encerramento é feito com a Tonta, tambpem chamada Barra-do-dia. As músicas são na forma de solo-coro, tiradas pelo mestre em quadras tradicionais e circunstanciais, respondidas pelas vozes dos demais. O acompanhamento musical é feito por viola, violão, cavaquinho e adufes. Na Chiba-cateretê o conjjunto musical é composto ainda do Mancado: um caixote percutido com tamancos de madeira.

A Ciranda é a mais simples de todas as danças populares. Não requer prática, nem habilidade. Seu ritmo lento e suave permite também a participação de pessoas idosas e atrai crianças pela facilidade e singeleza. Dando oportunidade de expressão corporal até aos mais tímidos.

Ciranda é brincadeira, é divertimento, é tradição. É só entrar no balanço contagiante da Ciranda e deixar o mundo girar!

Estava
Na beira da praia
Ouvindo as pancadas
Das águas do mar

Esta ciranda
Quem me deu foi Lia
Que mora na ilha
De Itamaracá

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