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Antonio Firmino de Proença




NOME Antonio Firmino de Proença
DATA DE NASCIMENTO 26 de Junho de 1880
FILIAÇAO Francisco de Proença e Francisca Amelia de Proença
NATURALIDADE Sorocaba
NACIONALIDADE Brasileiro


Foi Professor , Diretor e esteve à frente do Instituto Pedagógico de
São Paulo, fundou, dirigiu e foi professor do Ginásio Caetano de Campos.
Colaborou com revistas de destaque no meio pedagógico,como Educação e Revista do Professor. Foi também membro do CentroSorocabano de Letras.
Aposentou-se após 35 anos de magistério dedicando-se ainda ao ensino no Ginásio ‘Caetano de Campos’.
Publicou apenas uma cartilha que recebeu seu nome: Cartilha Proença, em
1926 pela Companhia Melhoramentos de São Paulo, cartilha que teve adoção nacional por muitos anos.
Outros livros:
Leitura do principiante provavelmente, de 1928;
Como se ensina geographia, livro inserido na Coleção “Biblioteca Pedagógica




Livros de leitura para alunos de segunda, terceira e quarta séries do curso primário.
Morreu em 4 de abril de 1946 deixando uma linda historia de vida e uma grande contribuiçao na educaçãobrasileira
Um Mestre, educador que temos muito ainda para pesquisar e redescobrir , se ele estivesse vivo faria 128 Anos, no dia 26/06/2008, uma pessoa tão iluminada não morre brilha no céu para nos mostrar o caminho.
Profª. Rosi Rigo



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UM ESTUDO SOBRE CARTILHA PROENÇA (1926), DE ANTONIO FIRMINO DE
PROENÇA. MONALISA RENATA GAZOLI. Faculdade de Filosofia e Ciências -
Universidade Estadual Paulista - Câmpus de Marília.



CARTILHAS CRE Centro de |Referencia em Educaçao


Escola Prof Antonio Firmino de Proença no presente comemorando 60 anos.
rosirigo@hotmail.com






O BOTO

O BOTO




O BOTO COR DE ROSA
Na mitologia amazônica encontramos o mito do "Boto Rosa" que possui a qualidade de emergir das águas do Rio Amazonas à noite e adquirir forma humana. De peixe, transforma-se em um rapaz cuja beleza, fala meiga e sedutora, magnetismo do olhar atraem irresistivelmente todas as mulheres. Por isso, toda a donzela era alertada por suas mães para tomarem cuidado com flertes que recebiam de belos rapazes em bailes ou festas. Por detrás deles poderia estar a figura do Boto, um conquistador de corações, que pode engravidá-las e abandoná-las. Ele também, inseri-se na comunidade, perseguindo as moças, surpreendendo-as na roça, nos banhos, onde quer que estejam e acabam a maioria das vezes, por lhe atribuir o primeiro filho.Seduzidas, as mulheres mantém encontros furtivos com esta entidade, que ao amanhecer retorna ao fundo dos rios, onde reside. Algumas testemunhas afirmam que ele sempre se apresenta muito bem vestido, usando um chapéu para ocultar um orifício para respiração que originalmente o animal possui no alto da cabeça. Freqüenta bailes, dançam, namoram, conversam e antes da alvorada, pulam para água e volta à sua condição primitiva, ou seja, torna-se boto.Conta-se, que certa ocasião, havia uma tapuia que vivia só em sua palhoça e que de repente começou a emagrecer e entristecer sem aparentar moléstia alguma. Desconfiados que fosse obra do Boto, os homens da tribo fizeram-lhe uma emboscada.À noite viram chegar ao porto um branco que não era do lugar e dirigiu-se para a choupana. Acompanharam-no e quando ele entrou, de mansinho abriram a palha da parede e viram-no querer deitar-se na mesma rede da tapuia. Então, um tiro o prostrou e arrastando-o para a barranca do rio, confirmaram suas suspeitas, tal homem era realmente o Boto. A autoridade local não fez corpo de delitoNas noites de luar do Amazonas, afirmam alguns, que os lagos se iluminam e pode-se ouvir as cantigas de festas e danças onde o Boto, ou também chamado de Uiara, participa.Sedutor e fecundador, conta-se que o boto sente o odor feminino a grandes distâncias, virando as canoas em viajam as mulheres. Isso ocorre sempre a noite, e para evitar o boto, deve-se esfregar alho na canoa, nos portos e nos lugares que ele goste de parar.As primeiras alusões à lenda apareceram em meados do século XIX, inicialmente referentes a sua transformação em uma bela mulher que atraia os moços ao rio, afogando-os, e pouco depois, aparece como o homem-boto nas cercanias do rio.Sobrexistindo hermafrodita, o mito termina pela fixação morfológica dicotômica em Boto e Mãe D'Água, o cetáceo, restringindo-se às mulheres e a Iara, aos homens.A inexistência, no Brasil, nos séculos XVI, XVII e XVIII, de entidades com os atributos do boto, faz supor que a lenda seja de origem branca e mestiça, com projeção nas malocas indígenas e ribeirinhas.O Boto é portanto, o Dom Juan da planície Amazônica. Seu prestígio, longe de diminuir com as dissipações do tempo, ganha novos florões com os casos que todo dia lhe aumentam o lendário e a fé do ofício. O papel que lhe atribuem não difere muito das proezas que assinalaram a famosa personagem de "Tirso de Molina". O asqueroso mamífero misciforme, com aqueles seus dois a três metros de comprimento, com aquele focinho pontiagudo e encabelado, passa por ser um herói mais atrevido, em matéria de amor, de que os tipos de Merimée.O Boto é hoje um animal em extinção e grande culpa disso é por que o homem lhe conferiu poderes mágicos. Muitos pescadores os capturam para corta-lhes o pênis com a finalidade de fazer um amuleto de "conquista varonil" ou para combater a impotência sexual. Suas nadadeiras também são utilizadas na fabricação de remédios. Seus olhos são usados como atrair as mulheres. Os pajés costumavam realizar rituais para preparar os olhos do animal a ser entregues e usados pelos necessitados.

UTOPIA OU REALIDADE


Como disse o nosso poeta António Gedeão:

"(...) sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança..."