Evolução do Dinheiro, Moedas, Notas e Cartão





Tudo começou com as MOEDAS

Pesquisas arqueológicas indicam que as moedas surgiram há quase 4 mil anos (2.500 a.C.), o que torna o dinheiro tão antigo quanto as pirâmides do Egito!




Athenas AR Tetradrachm 454-415 a.C.


As primeiras moedinhas (e moedões) surgiram no século 7 a.C., no reino da Lídia, onde hoje fica a Turquia. Os lídios inventaram a moeda moderna, com pesos, tamanhos e valores diferentes. Cada pedaço de metal tinha um valor que correspondia a um determinado produto. Assim, o homem começou a dividir e pesar o metal na hora de fechar um negócio.

Entre 640 e 630 a.C., é inventada a cunhagem: as moedas passam a ser identificadas por imagens gravadas em relevo, como as moedas de hoje. Ao cunhar e emitir milhares de moedas, os lídios inventaram uma economia muito rica e farta, e fizeram fortunas na Antiguidade. Também adoravam jogar, e não por acaso, inventaram o jogo de dados!

A primeira moeda cunhada em Roma foi feita em 268 a.C., e se chamava denário - termo que é a origem da palavra dinheiro! O denário era feito de prata e servia como base do sistema de moedas (monetário) de Roma. Ele também era fabricado no templo dedicado à deusa Juno Moneta, que deu origem às palavras "moeda" e "monetário".

Em vários países, as coisas mais estranhas já foram usadas como dinheiro!

Lista de moedas primitivas e seus respectivos lugares de utilização:
Algodão e Açúcar Barbados
Amendoim Nigéria
Amêndoa Sudão
Animais Todo o mundo antigo
Arroz Índia, China, Japão
Bacalhau Islândia
Botas e Seda China
Búzios África, Ásia, Europa
Cacau México
Dentes deAnimais Oceania
Espetos Grécia Antiga
Esteiras Ilhas Carolinas
Mogno Honduras
Peixes Alasca
Peles Sibéria, América
Pérolas África
Sal Etiópia
Tartarugas Marianas
Telas e tecidos Europa, África, China





Olhe só quantas "moedas" engraçadas já foram usadas por aqui!

- os escravos africanos usavam uma concha encontrada no litoral da Bahia, chamada zimbo, ou jimbo. As conchas eram usadas no Congo e em Angola, e assim os negros mantiveram sua tradição.

- No início do século 17, o governador do Rio de Janeirio ordenou que o açúcar fosse aceito como moeda. Outras mercadorias também passaram a servir, como ferro, tabaco, cacau, baunilha e cravo. Já no Maranhão, o que valia mesmo era o pano de algodão.

-Lembra que antigamente se usava a expressão "mil réis"? Do século 13 ao século 20, em Portugal e no Brasil, o real tornou-se a moeda corrente. Aqui, era conhecida no plural, "réis", ou "mil réis", mais conhecido como um conto de réis. Quem diria que o real voltaria, muitos anos depois...

- A nossa primeira moeda foi cunhada em 1645. Em 1694, Portugal autorizou a abertura da primeira Casa da Moeda, na Bahia, criada para acabar com escassez e produzir as tão necessárias moedinhas.
O Brasil não viveu só de Real. Confira as outras unidades monetárias que o Brasil já teve:
Mil Réis (1833 a 1942)
Cruzeiro (1942 a 1967)
Cruzeiro Novo (1967 a 1970)
Cruzeiro (1970 a 1986)
Cruzado (1986 a 1989)
Cruzado Novo (1989 a 1990)
Cruzeiro (1990 a 1993)
Cruzeiro Real (1993 a 1994)
Real (desde julho de 1994



O QUE É LASTRO ECONOMICO???



Se o governo emitir cédulas sem que haja produção de riqueza (produtos/mercadorias para serem trocadas pelas mesmas) as frações de unidade valerão cada vez menos.

Quando acabou a escravidão em 1888/1889, houve exatamente uma crise conhecida como encilhamento, onde o excesso de verba emitida no mercado sem o respectivo lastro (bens de consumo produzidos pela sociedade) levou a uma grande inflação e depreciação da moeda brasileira perante a libra esterlina (desvalorização cambial).

Ou seja, o dinheiro nada mais é do que uma "representação" da riqueza REAL que é produzida na economia. Isto significa que a base monetária (ativos em circulação, ou volume de certidão de deposito impresso pela casa da moeda), deve ser igual ao valor dos serviços & artigos produzidos no país (chamado de Produto Interno Bruto).

Caso o crescimento do meio circulante para o comércio for maior que a expansão do PIB, teoricamente teremos um desequilíbrio que poderá gerar inflação (perda de cotação da moeda).




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