Uma Imagem Fala Mais Que Mil Palavras

Os livros escolares sempre recorreram à imagem para ilustrar este ou aquele texto. Ainda nos bancos da escola, era recorrente, associar um texto com determinada imagem, para nos ajudar a melhor compreender a mensagem veículada por ele.

Quando um jovem recebe o livro a primeira atitude e percorrer as paginas em busca das imagens. Adoramos olhar para as imagens, ler as legendas...
A imagem teve e terá, um valor e uma importância relevante em contextos de aprendizagem. Tal como eu, muitos outros alunos, com um estilo de aprendizagem predominantemente visual e cinestésico, valorizavam a imagem para apreenderem os conteúdos.
A propósito da "imagem", recordo com imensa alegria e descobertas de

Salvador Dali,

A Persistência da Memória (1931)


Este quadro tão pequeno é a mais conhecida das obras de Dalí, a flacidez dos relógios pendurados e escorrendo mostram uma preocupação humana, como: tempo e memória. E o próprio Dalí se apresenta na forma de cabeça adormecida que já se pode observar que também está presente em outros quadros de Dalí, segundo Dalí a ideia do quadro ocorreu, e como a paisagem já estava pronta, levou apenas 2 horas para pintá-lo. Gala ao voltar do cinema e avistou o quadro, afirmou que quem visse este quadro jamais o esqueceria.

Os relógios derretidos de Dali evocam a irrelevância e a preocupação humana com o tempo e a memória. Os relógios derretidos de Dali, representam a fragilidade da homem, na condição de ente humano, face à ditadura dos ponteiros do “senhor tempo”, da velhice para a qual caminhamos, da saúde que se “derrete” com o passar dos dias, meses e anos.. O único consolo é olhar para trás e ver que não desperdiçamos o nosso tempo com futilidades. Ou melhor, que não desprezamos o nosso efémero tempo útil de vida. Que não vivemos a nossa vida em piloto automático, a obedecer às prioridades dos outros, esquecendo as nossas próprias ambições, os nossos próprios sonhos. Porque os relógios continuam a derreter a cada segundo e a memória dos tempos passados persiste para nos recordar isso mesmo.

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